Há como eu queria ter visto apenas um sorriso, um sinalzinho de felicidade, o que toda mãe quer é ver seu filho feliz. Foram quarenta dias de vida das minhas filhas e nenhum sorriso, só aparelhos, furos, cortes e remédios. Para que um ser tão puro e inocente precisa passar por tudo isso, por tanta dor? Me falaram que a minha presença, o meu amor e as tentativas de melhoras de todos no hospital, lhe trazia felicidade e esperança de poder ficar. Há que força, que garra, que vontade de viver, superando cada procedimento e aguentando até o último momento, momento de partir. Há que amor, amor dos dois lados que adia o momento de partir, que até prolonga o sofrimento, a dor pelo amor. Aconteceu com as minhas duas filhas, eu tive que arrumar forças para dizer para elas que podiam ir, tive que entregá-las para Jesus. Há como dói, vai contra a tudo que fizemos até então para elas ficarem, mas só depois da entrega que elas foram deixando de sofrer. Fiquei sabendo depois de casos que aconteceu a mesma coisa, onde o amor, há que amor, que segura as pessoas mesmo não tendo mais forças para ficar e depois da entrega, se vão e nos deixam na dor, na esperança de um dia estarmos juntos de novo e tudo tem que continuar...
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